A diabetes é uma doença que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo. Embora os genes desempenhem um papel importante no desenvolvimento da doença, um novo estudo demonstrou que o exercício é um verdadeiro salva-vidas. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Sydney, manter-se fisicamente ativo reduz o risco de diabetes em todos os pacientes, inclusive aqueles com predisposição genética.
O estudo foi publicado no Jornal Britânico de Medicina Esportiva e, por sete anos, os cientistas acompanharam quase 60 mil adultos no Reino Unido. Eles usaram smartwatches e diversos dispositivos de rastreamento para monitorar a quantidade de horas que passavam correndo ou se exercitando. O resultado mostrou que as pessoas que realizavam mais de uma hora de atividade física moderada reduziram em 74% o risco de desenvolver esse tipo de diabetes genética.
Uma das descobertas mais importantes foi que, mesmo aqueles que eram geneticamente mais propensos a desenvolver diabetes tipo 2, mas eram fisicamente ativos, tinham um risco menor do que aqueles sem predisposição genética, mas que não praticavam nenhuma atividade física. De acordo com o autor principal deste estudo, a descoberta é importante porque nós seres humanos "não podemos controlar os genes, mas podemos lutar contra os riscos".
Não é a primeira vez que se comprova a importância da atividade física para contrabalançar condições geradas pela genética. Em 2018, a Universidade de Stanford descobriu que o exercício poderia reduzir o risco de doenças cardiovasculares, mesmo quando há predisposição familiar.