Um novo estudo revelou que os homens que experimentam formas específicas de estresse no ambiente de trabalho têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas em comparação com aqueles que não enfrentam esse tipo de desgaste.
Os pesquisadores acompanharam, ao longo de 18 anos, mais de 6.500 funcionários de escritório, identificando duas condições associadas a um maior risco cardiovascular. Uma delas é a pressão no trabalho, caracterizada por demandas intensas (como sobrecarga de trabalho e prazos apertados) combinadas com pouco controle (na tomada de decisões, por exemplo). A segunda, conhecida como desequilíbrio esforço-recompensa, que acontece quando esforço é grande, mas o salário, o reconhecimento ou a segurança no emprego são baixos.
Comparados com pessoas que não passam por estresse no trabalho, os homens que relataram apenas um dos fatores estressantes, apresentam risco de 49% de chance de ter doença cardíaca. Já os que relataram os dois fatores, dobram o risco. Os resultados entre as mulheres foram inconclusivos; de acordo com os autores, isso se deve ao fato de que as mulheres tendem a desenvolver doenças cardíacas mais tardiamente que os homens, que também mostraram maior propensão a condições como diabetes, hipertensão e outros fatores de risco.
O estudo foi publicado on-line em 19 de setembro de 2023 pela revista médica Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes.