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Saúde Mental

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Rede social x vida real: a influência do “consumo” online

As pessoas passam cada vez mais tempo na internet, segundo pesquisas realizadas em todo o mundo. Quando é feito um recorte por país, os internautas brasileiros passam mais de 41 anos na Internet, o que equivale a 54% do tempo de vida médio da população. De acordo com os dados coletados, geralmente, as pessoas começam a se conectar às 8h33 da manhã e só se desconectam às 22h13. E como todo este tempo no mundo virtual afeta a saúde física e mental do usuário?  

“Acredito que o mais importante é manter o sinal de alerta no caso dos adolescentes. Estudos comprovam que a saúde mental de crianças e, principalmente, de adolescentes, é mais frágil. A partir do momento em que eles embarcam neste mundo de perfeições, em que um filtro do Instagram deixa todo mundo magro, sarado, com a pele perfeita ou com a vida dos sonhos, vira um sacrifício muito grande olhar para si e lidar com a realidade”, explica Rita Mendes Erthal, terapeuta comportamental.  

Segundo a profissional especializada em terapia com crianças e adolescentes em escolas, o resultado do uso excessivo da internet, em especial das redes sociais, pode ser catastrófico. “O público que cresce verificando as mídias sociais, torcendo por um like, que faz disso um hábito constante, se torna mais sensível às avaliações alheias. Isso quer dizer que essa pessoa vai precisar mais das aprovações dos outros e, aos poucos, vai ficando cada vez mais insegura”.  

Há também outras sequelas, como interrupção do sono, perda de memória e déficit de atenção. “Nesse contexto, temos uma chance grande de um paciente desenvolver um quadro de depressão. A cultura do cancelamento, da exposição extrema e do cyberbullying vêm fazendo diversas vítimas no Brasil e no mundo”.  

Para amenizar os riscos, a psicóloga indica o contato por um maior tempo com o mundo real. “Temos a tendência da fuga. É muito mais fácil permanecer no imaginário, onde os sonhos são facilmente alcançados, do que lidar com as dificuldades do dia a dia. Mas, isso é necessário. É assim que nos tornamos fortes e maduros para enfrentar o mundo. A rede social precisa ser um lazer. No momento que ela baseia a vida do indivíduo, a relação com aquela plataforma deixa de ser algo saudável e merece ser acompanhada de perto por um profissional”, finaliza.  

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