Três em cada quatro brasileiros, ou seja, 75% da população, afirmam pensar muito em seu próprio bem-estar mental. É o que aponta a pesquisa World Mental Health Day,realizada no final de 2021, pelo Instituto Ipsos, especialista em pesquisa de mercado e opinião pública, com a participação de 30 países. Segundo o levantamento,o Brasil é a nação que mais se preocupa com o assunto no mundo.
Para Adriana Severine, psicóloga especializada em psicologia cognitiva comportamental, falar sobre saúde mental desmitificando o assunto é um passo fundamental para alcançar o bem-estar emocional. “As pessoas ainda têm muito medo de falar sobre saúde mental e de procurar ajuda, então, quanto mais linguagem coloquial e mais simples a abordagem for, maior será o número de pessoas alcançadas e cada vez mais quebraremos esse medo”, explica.
A profissional que também trabalha com psicopatologia e sexologia ressalta que tratar do assunto abertamente permite que as pessoas mais vulneráveis se sintam acolhidas. “Isso porque haverá identificação. Elas não se sentirão intimidadas ao falar sobre seus problemas, e cada vez mais esse tabu de que apenas ‘loucos’ têm problemas mentais virá por água abaixo”.
Para os adeptos das terapias alternativas, Adriana afirma que elas são ótimas opções, pois oferecem uma forte sensação de alívio: “Elas ajudam no bem-estar e permite que o paciente entre em contato com o próprio corpo. Assim, a pessoa conhece seu corpo de forma mais integrada e equilibrada”.
Já os casos mais graves merecem bastante atenção, afirma a psicóloga: “Dependendo do grau de ansiedade, ela pode ser tratada com psicoterapia aliados a exercícios físicos, mas quando se torna algo mais intenso, é necessário o tratamento conjunto com um psiquiatra para oacompanhamento medicamentoso”.
Cuidar da saúde mental não é menos importante que a saúde física. Fale mais sobre o assunto e busque informações. Em caso de ansiedade ou distúrbios, procure um especialista. Cuidar de si próprio é um gesto de amor consigo e as pessoas ao nosso redor.