Tem novidade no ramo da alimentação. Neste mês de outubro passa a vigorar as novas regras para rotulagem dos alimentos. De acordo com o novo procedimento, além de mudanças na tabela de informação e nas alegações nutricionais, a grande mudança é a utilização da rotulagem nutricional frontal nos produtos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),a mudança surge para explicar ao consumidor, de forma objetiva e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde. Para facilitar, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.
Lorena Coimbra, empresária e engenheira de alimentos, explica deforma prática no que consiste a mudança: “Trata-se de tornar mais acessível a compreensão das informações de rotulagem dos produtos, favorecendo a leitura e o entendimento das informações nutricionais, ajudando na escolha do melhor alimento para o consumidor. Na prática, muda a tabela nutricional inserindo as quantidades para 100g ou 100ml de produto e novos valores diários recomendados, a entrada da rotulagem nutricional frontal e também novas regras gráficas”.
A profissional ainda explica os benefícios dessa mudança e a necessidade de se conviver com dois tipos de rótulos durante essa fase de adequação do mercado alimentício. “A regra é boa, porque gera um padrão único para a exposição das informações e a clareza dos dados nutricionais. E como toda mudança, esta irá gerar algumas dúvidas. Por exemplo: teremos ainda no mercado, no período de adequação, produtos com rotulagens antigas”, explica. Lorena ainda alerta os pontos de atenção: “É importante focar na rotulagem nutricional frontal, pois ela indicará altos níveis de sal, gorduras e/ou açúcares. Estes nutrientes afetam diretamente a saúde do consumidor”.
E se você ainda acredita que a nova rotulagem é apenas um detalhe, a empresária garante que não. “Com a sinalização do alto teor dos nutrientes contidos na rotulagem frontal, será mais fácil a decisão de compra dos consumidores focando na saudabilidade dos produtos”, finaliza.