O sono é fundamental em nossa vida, e cumprir as recomendadas 8 horas diárias de descanso, de acordo com a OMS, é crucial para manter uma vida saudável. No entanto, um estudo recente publicado na revista da Sociedade Europeia de Cardiologia levanta uma perspectiva interessante: a atividade física pode contrabalançar os efeitos negativos de dormir pouco e até mesmo fornecer alguns anos extras de vida.
Nesta pesquisa, que acompanhou quase 100.000 pacientes de diferentes idades e sexos durante 7 anos, foi analisada a relação entre as horas de sono e o risco de morte. Os participantes foram divididos em três grupos de acordo com a duração do sono: curto (menos de 6 horas), moderado(entre 6 e 8 horas) e longo (mais de 8 horas). Também foi levado em consideração se eles atendiam ou não às recomendações de atividade física da OMS, que consistem em realizar pelo menos 150 minutos por semana de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade física aeróbica de grande intensidade.
Os resultados mostraram que aqueles que dormiam menos de 6 horas ou mais de 8 horas tinham um maior risco de morte. No entanto, também foi observado que aqueles que não dormiam o suficiente, mas faziam a atividade física recomendada, tinham uma taxa de mortalidade ligeiramente menor em comparação com aqueles que dormiam a quantidade adequada, mas eram sedentários.
Historicamente, dormir pouco tem sido associado a diversos problemas de saúde, como hiperativação do sistema nervoso, resistência à insulina, disfunção endotelial e inflamação. No entanto, alguns desses problemas podem ser combatidos com a prática regular de atividade física, pois ela ajuda a melhorar a capacidade cardiorrespiratória, inibe a resposta inflamatória e melhora o metabolismo da glicose.
Dormir bem é insubstituível. Mas, com exercícios e um pouco de esforço pessoal, é possível começar gradualmente a ter um dia a dia mais saudável e levar uma vida melhor.