Trabalhar em casa, o chamado home office, pode ser considerado por alguns como um benefício, pois permite que o profissional organize melhor o seu tempo ao longo do dia. Mas, para outros, este modelo de trabalho remoto tem sido exaustivo. De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pela FGV (FundaçãoGetulio Vargas), em parceria com o Institute of Employment Studies do Reino Unido, os profissionais têm sentido os impactos do home office no seu bem-estar.
Algumas queixas citadas pelas pessoas que participaram do estudo foram dores nas costas, no pescoço e nos ombros, dificuldade para dormir, fadiga e enxaquecas.Uma das formas de amenizar estes sintomas é adotar a prática do exercício físico. Mas não só aqueles feitos na academia. Aqui, a dica é fazer alguns movimentos em casa mesmo.
“Não precisa ser muito, só ações básicas como ficar de pé algumas vezes, se alongar, espreguiçar,movimentar os braços e as pernas de forma livre e fazer pequenas caminhadas pela casa. Isso deixará o seu corpo e a sua mente alertas”, finaliza ofisiologista Daniel Sanante, profissional que atualmente trabalha com pesquisas sobre saúde no trabalho e produtividade.
Além de se movimentar, outro fator importante para quem quer aliar home office e bem-estar é a alimentação. A nutricionista clínica e esportiva Lizandra Almeida lembra que manter uma rotina alimentar saudável é essencial neste momento em que as pessoas passam grande parte do tempo em casa.
“É normal a gente beliscar umas besteirinhas quando está em casa. Também acontece de comermos além da conta. Por isso, sempre digo para os pacientes agirem como se estivessem no ambiente profissional. Respeite os horários de tomar café da manhã, almoçar e lanchar. E nada de ficar ‘assaltando’ a geladeira entre uma reunião e outra. Também ressalto a importância de beber água. Se ajudar, deixe uma garrafinha ao lado do computador. Já tive um caso de uma paciente que ficou três dias inteirinhos sem tomar água porque simplesmente esqueceu. Isso é um perigo para a saúde”, alerta a profissional.
